FRASES I
(feitas por mim, ao acaso)
É aviltante que a honestidade do político siga a métrica inversa do descaso com a coisa pública.
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É inaceitável que a vida passe e a gente não saiba a distância da próxima parada.
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É incrível como as referências que dei ao meu filho foram quão velozmente ultrapassadas.
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É claro que a única resolução inevitável e certa de
uma boa reunião é a próxima.
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É óbvio tudo aquilo que repetimos de outrem.
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Se
demagogia, hipocrisia, xenofobia, cinismo, racismo... fossem bons,
seriam verbos.
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Acho legal a sinceridade da homeopatia: Farmácia de manipulação.
FRASES II
(pinçadas de
escritos meus)
REMINISCÊNCIAS...
Coisas do meu passado perderam-se de propósito,
sabendo-se inócuas e irrelevantes, puramente descartáveis;
sabiamente cônscias de nada mais representarem.
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Parece ser o olfato_ quando nossa mente regressa
lentamente no tempo_ a chave que abre o mecanismo oscilante da
memória.
*
Ontem, hoje e amanhã são faces de um todo que só se completará aos olhos
alheios, quando nossa vida for apenas uma miragem. Por outros olhos, então, ela terá sentido: começo, meio e fim e esses dirão, mergulhados em suas próprias incompletudes, que nós fomos alguém.
*
Se nos meandros da vida, cenas foram esquecidas... será
que soubemos vivê-las de fato?
*/
Em
algum momento em minha vida, Deus deixou de existir. Porém devo
admitir como me foi difícil encarrar essa nova realidade e
estarrecedor constatar como as pessoas ao meu redor e os povos de
todo mundo, são suscetíveis às fábulas.
*
Parece que, ainda ontem (1999), escrevi um pequeno poema
sobre meu avô. Ele morreu aos oitenta e nove anos não querendo
acreditar que o homem chegara à Lua. Em sua mente singela e crente,
tal feito seria impossível, senão “um dia vivo chegaria ao Céu”.
Era um tempo em que nós, crianças,
imaginávamos que os velhos já nasciam velhos com suas crenças e
superstições e não acreditávamos_ por mais que quiséssemos_ que
um dia iríamos crescer.
FRASES
III
(sobre
o materialismo)
Descartes,
pragmaticamente, escreveu: “Penso, logo existo”, racionalizando
assim o existir humano. Com certeza, em algum momento mágico da
aurora da humanidade, um abstraído primata, fascinado com a
constatação de seu labor, balbuciaria, entre grunhidos: “Eu faço”
e a partir daí começaria a epopeia humana sobre a Terra e para o
olhar humano não haveria mais horizontes impossíveis.
*
*
Pouco importa que a vida veio incrustada na cabeça de um cometa há anos-luz daqui ou surgiu de uma maneira singular numa tépida lagoa de Darwin pois somos, de uma maneira muito especial, o seu mais complexo hospedeiro!
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Pragmaticamente falando:
Quando o homem acreditava que a Terra era o centro do
Universo, ou mesmo quando passou a supor que o sistema solar era a
dimensão deste, a existência de um Ser Supremo e Magnânimo podia ser
concebível. Hoje, quando nos sabemos perdidos entre bilhões de
galáxias tal concepção tornou-se aterradora e ao mesmo tempo
dispensável.
Quando partículas virtuais morrem numa fração de um
nano-segundo um possível criador seria, no mínimo, patético.
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