sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Frases Lapidadas...em Bares!

FRASES I

(feitas por mim, ao acaso)


É aviltante que a honestidade do político siga a métrica inversa do descaso com a coisa pública.

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É inaceitável que a vida passe e a gente não saiba a distância da próxima parada.

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É incrível como as referências que dei ao meu filho foram quão velozmente ultrapassadas.

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É claro que a única resolução inevitável e certa de uma boa reunião é a próxima.


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É óbvio tudo aquilo que repetimos de outrem.


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Se demagogia, hipocrisia, xenofobia, cinismo, racismo... fossem bons, seriam verbos.


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Acho legal a sinceridade da homeopatia: Farmácia de manipulação.



FRASES II
(pinçadas de escritos meus)


REMINISCÊNCIAS...



Coisas do meu passado perderam-se de propósito, sabendo-se inócuas e irrelevantes, puramente descartáveis; sabiamente cônscias de nada mais representarem.

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Parece ser o olfato_ quando nossa mente regressa lentamente no tempo_ a chave que abre o mecanismo oscilante da memória.


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Ontem, hoje e amanhã são faces de um todo que só se completará aos olhos alheios, quando nossa vida for apenas uma miragem. Por outros olhos, então, ela terá sentido: começo, meio e fim e esses dirão, mergulhados em suas próprias incompletudes, que nós fomos alguém.


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Se nos meandros da vida, cenas foram esquecidas... será que soubemos vivê-las de fato?


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Em algum momento em minha vida, Deus deixou de existir. Porém devo admitir como me foi difícil encarrar essa nova realidade e estarrecedor constatar como as pessoas ao meu redor e os povos de todo mundo, são suscetíveis às fábulas.


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Parece que, ainda ontem (1999), escrevi um pequeno poema sobre meu avô. Ele morreu aos oitenta e nove anos não querendo acreditar que o homem chegara à Lua. Em sua mente singela e crente, tal feito seria impossível, senão “um dia vivo chegaria ao Céu”. Era um tempo em que nós, crianças, imaginávamos que os velhos já nasciam velhos com suas crenças e superstições e não acreditávamos_ por mais que quiséssemos_ que um dia iríamos crescer.




FRASES III

(sobre o materialismo)


Descartes, pragmaticamente, escreveu: “Penso, logo existo”, racionalizando assim o existir humano. Com certeza, em algum momento mágico da aurora da humanidade, um abstraído primata, fascinado com a constatação de seu labor, balbuciaria, entre grunhidos: “Eu faço” e a partir daí começaria a epopeia humana sobre a Terra e para o olhar humano não haveria mais horizontes impossíveis.

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Pouco importa que a vida veio incrustada na cabeça de um cometa há anos-luz daqui ou surgiu de uma maneira singular numa tépida lagoa de Darwin pois somos, de uma maneira muito especial, o seu mais complexo hospedeiro!

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Pragmaticamente falando:

Quando o homem acreditava que a Terra era o centro do Universo, ou mesmo quando passou a supor que o sistema solar era a dimensão deste, a existência de um Ser Supremo e Magnânimo podia ser concebível. Hoje, quando nos sabemos perdidos entre bilhões de galáxias tal concepção tornou-se aterradora e ao mesmo tempo dispensável.
Quando partículas virtuais morrem numa fração de um nano-segundo um possível criador seria, no mínimo, patético.

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