eu escrevo
poema de
vidro
salpico
sal onde
o doce é o óbvio
o doce é o óbvio
se risco
em feridas vivas
das carnes
quentes
é porque
transpiro
sons de
ventos ocos
nas dunas estafantes
de areias
ardentes
sufocando-me
em gemidos
de
frementes ais
lanço-me
acima das trevas
das opacas
brumas
salivando
gotas puras
de êxtase
e torpor
meu poema
fere
a pele, a
película
dos nervos
tensionados
e
mostra-se nu.
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