Apesar
de não ser mais filiado ao partido ouso comentar sobre ele nesse
momento que a democracia é tão agredida pelo governo golpistas e se
esbarroa no país. Lembro-me de uma artigo publicado pelo saudoso e
brilhante companheiro Plínio de Arruda Sampaio, escrito em 2000, na
Folha de São Paulo,
falando da luta do povo brasileiro durante os 500 anos de Brasil,
dizia que a luta para a fundação do PT tinha, com certeza, esses
mesmos 500 anos.
Faço minhas as
suas palavras, pois o PT, um partido surgido dos trabalhadores, com
os trabalhadores e para os trabalhadores, tinha o calor e os suores
das lutas de todos os brasileiros e se fez como um dos partidos mais
democráticos do país. Ainda hoje representa o avanço na política
brasileira e por ele ainda passa a luta de classes no Brasil.
Mas,
cabe neste momento auto-crítica e uma estratégia de luta contra o
arcabouço montado pelas elites no poder. Escrevi conjuntamente com
Inês Paz, em 2004, um artigo que aqui reproduzo um pequeno texto:
“A
luta popular e sindical, que teve um papel fundamental no final da
década de 70, na aglutinação de todos aqueles que lutavam contra a
ditadura militar __ lideres socialistas de organizações que
retornavam da clandestinidade, do movimento contra a carestia, as
organizações eclesiais de base da Igreja, agrupamentos de esquerda
gestados em pleno regime militar e outros anteriores a ele__ e
debatiam a criação de um instrumento de luta que fosse capaz de
organizar os trabalhadores, os excluídos, enfim, o povo, visando à
transformação social do país.
Todos
esses anos de lutas que culminaram com a eleição de um operário
para presidente do Brasil, mostraram que estávamos certos.
Porém,
como falou o deputado federal Ivan Valente em nota divulgada
conjuntamente com Plínio de Arruda Sampaio, meados de 2004: O PT
esgotou seu papel como instrumento de transformação da realidade
brasileira. A manutenção da essência da política econômica do
governo anterior frustrou boa parte dos militantes e apoiadores que
esperavam mudanças...”
E cabe acrescentar agora: O governo Lula, eleito para ser a esperança do país, teve avanços na redistribuição de renda e na diminuição da miséria ou seja, na inclusão social. Falhou na democratização da mídia, monopólica desde os tempos da ditadura e em não alavancar, com a sustentação dos votos e a popularidade que conquistou, as mudanças radicais na política brasileira. Mudanças essas necessárias e urgentes. E mais, para mim Lula e o PT erraram por não saberem usar a democracia em benefício das forças populares. Por mais paradoxal que pareça, por ser democrático Lula, com oitenta por cento de popularidade e o Congresso quase à mão, acertou ao não querer se perpetuar no poder a exemplo de seus colegas sul-americanos: Ivo Morales na Bolívia e Hugo Chaves na Venezuela; mas errou ao aceitar as regras democráticas vigentes, dando poder maior ao Ministério Público e liberdade de ação as promotorias e a PF e incentivou a criação de partidos (evangélicos, principalmente). Como consequência entregou um governo para Dilma sem base parlamentar e cercada de fisiologistas e corruptos. Assim fragilizado o PT deu espaço as manobras do impeachment e foi acuado pela grande mídia. Com um pulso mais firme tudo isso poderia ter sido evitado. Ou seja, a esquerda esqueceu de ler Maquiavel (frase que pego emprestado de Carlos Henrique Vieira Santana, no La Monde) e a arte de bem governar. Agora temos que esperar que o massacre ao seu principal líder dê uma trégua para que a democracia vença novamente com eleições diretas e a saída dos golpistas, ou o que é mais provável, com a volta de Lula em 2018, para dar um basta no entreguismo e na delapidação do patrimônio público, bem como resgatar os princípios da Constituição Cidadã, hoje adulterados. E mais que isso: Elaborar uma plataforma de mudanças radicais que volte a empolgar o povo, democratizar o acesso à mídia e sacramentar o poder popular. Isso se a Casa-grande e sua poderosa mídia não conseguirem impedir.
E cabe acrescentar agora: O governo Lula, eleito para ser a esperança do país, teve avanços na redistribuição de renda e na diminuição da miséria ou seja, na inclusão social. Falhou na democratização da mídia, monopólica desde os tempos da ditadura e em não alavancar, com a sustentação dos votos e a popularidade que conquistou, as mudanças radicais na política brasileira. Mudanças essas necessárias e urgentes. E mais, para mim Lula e o PT erraram por não saberem usar a democracia em benefício das forças populares. Por mais paradoxal que pareça, por ser democrático Lula, com oitenta por cento de popularidade e o Congresso quase à mão, acertou ao não querer se perpetuar no poder a exemplo de seus colegas sul-americanos: Ivo Morales na Bolívia e Hugo Chaves na Venezuela; mas errou ao aceitar as regras democráticas vigentes, dando poder maior ao Ministério Público e liberdade de ação as promotorias e a PF e incentivou a criação de partidos (evangélicos, principalmente). Como consequência entregou um governo para Dilma sem base parlamentar e cercada de fisiologistas e corruptos. Assim fragilizado o PT deu espaço as manobras do impeachment e foi acuado pela grande mídia. Com um pulso mais firme tudo isso poderia ter sido evitado. Ou seja, a esquerda esqueceu de ler Maquiavel (frase que pego emprestado de Carlos Henrique Vieira Santana, no La Monde) e a arte de bem governar. Agora temos que esperar que o massacre ao seu principal líder dê uma trégua para que a democracia vença novamente com eleições diretas e a saída dos golpistas, ou o que é mais provável, com a volta de Lula em 2018, para dar um basta no entreguismo e na delapidação do patrimônio público, bem como resgatar os princípios da Constituição Cidadã, hoje adulterados. E mais que isso: Elaborar uma plataforma de mudanças radicais que volte a empolgar o povo, democratizar o acesso à mídia e sacramentar o poder popular. Isso se a Casa-grande e sua poderosa mídia não conseguirem impedir.
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